Relembrando o caminho dos tropeiros, o artista plástico utiliza madeira e serragem para compor a obra, que exala nuances aromáticas
Antes mesmo da chegada dos europeus em terras brasileiras, os tropeiros – condutores de tropas de cavalos e outros animais que faziam o transporte de gado e mercadorias por diferentes áreas do país – percorriam o Caminho de Guaré.
O trajeto inclui a região onde hoje fica a Pinacoteca de São Paulo que apresenta, em sua homenagem, Caminho de Guaré, de José Bento: um projeto sensorial que pensa a relação com o espaço, tempo e memória e fica em cartaz até 1 de setembro.
Conectando presente e passado, a instalação no Octógono do museu busca compreender o espaço em que estamos como lugar de consciência, reconhecer a presença indígena nesse território e se entender também como parte dessa intrincada trama de história.
Para o artista baiano, toda cidade é resultante das ações humanas no passado e no presente, é um receptáculo das histórias e dos ciclos de vida que por ela assentam e habitam. Essa conexão e aspecto cíclico são representados nos diferentes estados da madeira, matéria constantemente presente em suas obras.
José Bento: Caminho de Guaré
Quando: até 1 de setembro de 2024
Onde: Pinacoteca Luz (Praça da Luz, 2)
Horário: de quarta a segunda, das 10 às 18h; às quintas das 10 às 20h (gratuito a partir das 18h)
Ingressos: R$30 (inteira) e R$15 (meia), gratuito aos sábados
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