Todos os ambientes da CASACOR Rio 2021
Com 38 ambientes, a mostra acontece no palacete Brando Barbosa e digitalmente até 25 de abril
Depois de um ano cheio de incertezas, 2021 trouxe mais novidades. E para a CASACOR Rio não foi diferente. A mostra de decoração comemora seus 30 anos e pela primeira vez funciona em um esquema híbrido: presencial e digital, até 25/4.
Nesta 30a. edição, o evento conta com 38 ambientes – entre espaços, pátios e jardins -, assinados por 57 profissionais da arquitetura, paisagismo e design de interiores.
Entre as tendências, estão espaços flexíveis e multifuncionais, a valorização da natureza, interferências modernas que valorizam a arquitetura antiga, mix de estilos e épocas, e o jeitinho sofisticado e despojado que os cariocas têm de morar.
Presencialmente, a mostra acontece no palacete Brando Barbosa, construído em 1860 e rodeado por 12 mil m2 de Mata Atlântica, e a versão digital oferece um guia digital com vídeos interativos e tours 3D.
Parte da antiga Chácara da Floresta, da família Faro, o palacete já foi a residência de Oswaldo Cruz e do casal Jorge Brando Barbosa e Odaléa. Depois da CASACOR, o casarão será transformado no Instituto Brando Barbosa (IBB), um espaço com foco em arte, cultura e educação.
Abaixo, conheça todos os ambientes da CASACOR Rio 2021 e suas descrições:
1. O Refúgio, por Adriana Esteves
Um espaço colorido e despojado – como a personalidade do carioca -, que reflete as novas tendências do morar, num mundo pós-pandemia em que os ambientes precisam abrigar múltiplas funcionalidades, ainda que em metragens reduzidas. É bar, é cozinha, é estar. E é, acima de tudo, um local dedicado ao descanso e à desconexão do mundo exterior, um espaço que celebra a saúde física e mental. Um verdadeiro refúgio com ambientação intimista que privilegia o conforto com mobiliário contemporâneo e aconchegante e até algumas memórias da própria arquiteta, que dão um toque ainda mais afetivo ao décor.
2. Loja da Casa, por Ana Cano Milman
Em meio ao verde do jardim, tem uma casa. Que é também uma loja. Mas, não espere ver simplesmente produtos expostos. Com estar, jantar e varanda gourmet, o espaço reproduz ambientes prontos para receber os amigos de forma aconchegante. O décor é suave com a predominância dos tons rosé e verde – que aparece também em toda a natureza do entorno – e da madeira. O uso de placas cimentícias nas paredes e no piso formam uma base neutra e dão o toque contemporâneo ao espaço.
3. Biblioteca, por Andréa Chicharo Arquitetura
Sancas, vitrais, portas, piso. Boa parte da estrutura da biblioteca foi mantida exatamente como era originalmente. Até mesmo a estante do ambiente já estava ali. Mas, o móvel foi renovado e ganhou nichos acobreados além de uma cor clara – a mesma da parede – para trazer leveza ao ambiente. Tudo para atender às necessidades de uma casa do século XXI repleta de detalhes arquitetônicos típicos do século XIX. O mobiliário, assinado por grandes nomes do design nacional, traz elementos contemporâneos que contrastam com o charme clássico da casa num mix de estilos que é a cara desta edição.
4. Suíte de Hóspedes, por Angela Leite Barbosa e Daniel Marques Mendes
Os elementos palacianos originais da casa foram todos preservados neste espaço que ganhou ares ainda mais sofisticados com o mobiliário de linhas minimalistas que priorizam o conforto. Um interessante contraste entre o antigo e o novo que aparece tanto no quarto, com suas sancas, piso, portas e janelas em marcenaria trabalhada; quanto no banheiro que manteve os azulejos originais, mas ganhou modernas e tecnológicas peças da Deca. Destaque para a ampla cabeceira desenhada pelo escritório para comportar duas camas de casal e assim abrigar diferentes configurações de hóspedes (casais com ou sem filhos, dupla de amigos…).
5. Ótica, por Anna Beatriz Fadul e Gregory Copello
Elementos atemporais como madeira, concreto vidro e couro predominam nesta construção contemporânea erguida no jardim. Internamente, o ambiente, quase todo branco, expõe as peças de forma que possam ser contempladas como pequenas obras de arte. Grandes janelas e o uso de lonas tensionadas que funcionam como claraboias ajudam a fazer a conexão do espaço interno com o externo e ainda proporcionam maior ventilação e luminosidade. Em estrutura metálica e placas cimentícias, a construção temporária poderá ser reaproveitada após a mostra.
6. Varanda do Casal, por Anna Luiza Rothier
Uma varanda, múltiplas funções: espaço para começar o dia com um belo café da manhã, ou até um brunch, relaxar, receber convidados, apreciar a natureza. O clima é bem tropical já que o guarda-corpo original do espaço ganhou uma jardineira onde reinam palmeiras e filodendros. Na saída do quarto, uma mesa para pequenas refeições e uma sala íntima estendida fazem um living a céu aberto. Já em frente ao banheiro, uma extensão da área molhada com espreguiçadeiras para tomar sol, um pequeno chafariz e muitas plantas aquáticas.
7. Cozinha dos Amigos, por Anna Malta e Andréa Duarte
A metragem generosa (80m2) e ambientação de estar transformam essa cozinha no coração da casa – como em toda casa brasileira, com certeza. Ali, os amigos papeiam, preparam comes e bebes, se divertem. Tudo numa atmosfera que mistura os recursos tecnológicos do século XXI com a beleza dos elementos arquitetônicos originais da casa, como azulejos portugueses e piso, que foram mantidos. O hall, aliás, não sofreu qualquer interferência. Justamente para que os visitantes possam apreciar um pedacinho da residência como ele sempre foi. Não deixe de olhar com atenção os objetos usados aqui. Boa parte deles são também do acervo da casa.
8. No Balanço das Águas, por Bel Lobo e Mariana Travassos
Num pequeno espaço em meio ao verde, o fluxo dos sons e das águas é acionado pelo caminhar dos corpos. Um ambiente-instalação sensorial que faz um verdadeiro convite à contemplação da natureza ao mesmo tempo que ajuda a garantir a segurança de todos. Afinal, é tempo de lavar (muito) as mãos e, para isso, as cubas Deca espalhadas pelo espaço estão ali, entre a saída da casa e o início da exploração dos ambientes externos. As águas cinzas, claro, são reaproveitadas em canteiros com espécies vegetais que aceitam a mistura de água com sabão. Pare. Aprecie. Ouça. Relaxe… Lave as mãos.
9. Sala de Banho Deca, por Beto Figueiredo e Luiz Eduardo Almeida, da Ouriço Arquitetura
Azulejaria portuguesa, banheira de mármore que teria pertencido à Imperatriz Teresa Cristina, áreas reservadas. O principal banheiro da casa era pura sofisticação. Mas ganhou descontração com interferências contemporâneas e uma grande árvore plantada bem no centro do espaço. Circundada por uma pia desenvolvida pelos arquitetos e executada pela Deca, a jabuticabeira traz a natureza para o interior do cômodo e brinca com o ciclo da vida, já que a água – que parece sair do tronco – é também reusada para sua irrigação. No décor, poucos elementos ajudam a transformar o ambiente clássico em uma Sala de Banho contemporânea e sustentável.
10. Haman SPA, por Bianca da Hora
Os rituais ancestrais do banho turco Haman foram a inspiração para o ambiente que tira proveito das cores, luzes e texturas da arquitetura original da casa, mas com foco no bem-viver tão contemporâneo. As plantas tropicais, tão presentes nos jardins, invadem o espaço trazendo frescor e um clima de urban jungle. Nos metais, a opção pelo acabamento cortein, da Deca, dá um certo ar de sofisticação que contrasta com o despojamento das pedras naturais, do linho e do mobiliário em tons neutros. Uma mistura bem carioca.
11. Home Office e Games, por Caco Borges e Carolina Haubrich
O espaço mais desejado – e transformado – durante a quarentena ganhou novos significados, e muito mais importância, no cotidiano das famílias. A proposta aqui é apresentar uma sala íntima, que possa ser usada por todos da casa, de diferentes maneiras: um lugar com boa conexão à internet para trabalhar, mas também para entreter, seja com jogos ou filmes. A tecnologia tão presente nos gadgets dá o tom também no décor com uso de vidro, iluminação em led e peças contemporâneas. No design e na arte, destaque para nomes nacionais.
12. Sala de Almoço e Varanda, por Chicô Gouvêa
Tirando partido das características originais do imóvel, como sancas, alisares e pé-direito alto, o arquiteto traz todo seu colorido e mix de peças de diferentes estilos para criar uma sala de almoço repleta de brasilidade. Móveis desenhados por Chicô, como a mesa e o aparador, ganham a companhia de cadeiras de Sérgio Rodrigues e bancos indígenas. A arte também ganha destaque nas gravuras de Frans Post, tela de Esther Bonder, além de três esculturas de Frans Krajcberg – uma homenagem póstuma do arquiteto ao amigo.
13. Atrium, por Cynthia Berlandez Pedrosa e Raphael Pedrosa Zay
O antigo porte-cochère da casa ganhou ambientação casual chic com toques tropicais e o uso de materiais naturais como fibras e palha. Pensado como uma varanda intimista em que se pudesse aproveitar a bela vista para os amplos jardins da residência, o ambiente privilegia o conforto. Mas abre espaço também para a arte como na parede pintada pela artista plástica Bel Magalhães e nas esculturas de Gabriela Eczurra, selecionadas para dialogar com o entorno natural da casa.
14. Jardim Secreto, por Diego Raposo e Manu Simas
Num cantinho charmoso que mais parece um jardim secreto, uma instalação efêmera traz uma proposta ousada e facilmente replicável. Ali, dois iglus infláveis, de plástico, servem como verdadeiros refúgios portáteis idealizados para propiciar uma maior conexão com a natureza, criando um espaço dedicado à contemplação. Construído de forma sustentável, sem causar qualquer intervenção em seu entorno, o ambiente tem decoração contemporânea com poucos móveis que valorizam ainda mais a integração com o jardim externo.
15. Jardim da Escultura, por Embyá Paisagens e Ecossistemas
Uma das grandes estrelas dessa edição, o jardim precisava ganhar um tratamento mais que especial com ambientes que valorizassem ainda mais sua riqueza natural. Neste caso, além da exuberância da Mata Atlântica já presente ali, foram adicionadas novas espécies vegetais que, com suas cores e formas, trazem ares mais contemporâneos ao ambiente e reproduzem, em pequena escala, o que a beleza natural do Rio não cansa de fazer: nos surpreender.
16. Terraço NM, por Estúdio Design Noel Marinho, de Patricia Marinho, Manuèle Colas, Heloísa Amaral Peixoto e Carolina Cascardo
Um espaço iluminado pelo céu carioca, totalmente integrado aos jardins e repleto de peças que trazem a marca inconfundível de Noel Marinho, arquiteto expoente do modernismo que deixou incríveis criações em azulejaria. No terraço que leva as iniciais de seu nome, muitas novidades: peças para área externa desenhadas pela filha Patrícia durante a quarentena usando alguns de seus azulejos. O resultado é um ambiente em que arte e design, moderno, contemporâneo e antigo se complementam de forma harmônica. A cara do Rio.
17. Lavabo e Galeria, por Estúdio Manu+Ca Manu Cardim + Catarina Gouvêa
O décor é atual, mas com um olhar todo especial para o passado. Além de deixar quase sem interferências detalhes arquitetônicos originais da casa como o teto desenhado do hall e a azulejaria do banheiro, a dupla de designers ainda apostou em releituras de peças antigas brincando com estilos e épocas. É o caso do muxarabi usado no lavabo, que ganhou ainda metais rosé gold da Deca (no lugar do clássico dourado) e, também, do oratório. A peça, criada pelo arquiteto Dado Castello Branco, é supercontemporânea, mas faz uma referência à história da casa e seus proprietários que mantiveram ali, por anos, um riquíssimo acervo de peças sacras (especialmente do barroco brasileiro).
18. Living Mutante, por Gisele Taranto Arquitetura
Um espaço voltado ao encontro da arquitetura com a arte e o pensamento, onde tudo é – ou pode ser – mutante e mutável. Uma resposta à necessidade – intensificada em tempos de extensa permanência em casa – de ter espaços flexíveis e facilmente modificáveis quando preciso. Um living com ares de galeria em que a troca das obras de arte ajuda a transformar o ambiente. Só uma coisa aqui permanece. Os móveis. Clássicos do design assinados por Sérgio Rodrigues, Lina Bo Bardi, Oscar Niemeyer. Para sempre, uma ótima escolha.
19. Pátio da Escultura, por Ivan Rezende Arquitetura
Contemplar. Contemplar. Contemplar. São muitos os ambientes e locais propícios para o simples ato de se deixar ficar e apreciar a natureza nessa CASACOR Rio. Mas aqui, nesse ambiente a céu aberto pensado para privilegiar a convivência entre os visitantes, a contemplação faz ainda mais sentido. Com uma arquitetura provocante, o espaço funciona quase como um mirante de onde se podem ver outros ambientes da mostra. O mix de materiais também surpreende. Há de compensado naval – usado em placas que “protegem” a estátua Caridade – ao mármore Kilimanjaro, uma pedra supertecnológica que está sendo lançada na mostra.
20. Jardim de Inverno, por Jean de Just
Um ambiente multiuso e cheio de verde, bem ao gosto dos novos tempos. Pensado para reuniões familiares, mas também para as necessidades do dia a dia, o espaço une estar, jantar e escritório e tem como destaque o uso de pastilhas criando desenhos geométricos – uma referência contemporânea aos azulejos do século XVIII que estão presentes em vários cômodos da residência. Tudo muito colorido, mas cercado pelo verde das plantas que aparecem em vasos e, também, numa parede verde interna. O mobiliário é contemporâneo para trazer ainda mais contraste com a arquitetura da casa.
21. Essência dos Aromas, por Kilze Ney Guimarães
Em estilo contemporâneo, o espaço pega emprestado dos jardins uma paleta de cores natural, em que predominam o verde e o contraste de texturas, como o rústico da argila e a elegância do quartzito. Revestimentos, cores, painel de azulejos, tudo remete à natureza, criando um ambiente, ao mesmo tempo, despojado e funcional, descontraído e aconchegante. Cubos de quartzito e caixas de vidro usados nos expositores trazem requinte ao ambiente e ajudam a evidenciar os produtos.
22. Espaço III Pequena Sala de Estudos, por Lia, Felipe e Betina Siqueira
Nos 30 anos da CASACOR Rio, Lia Siqueira homenageia nossa primeira edição batizando o espaço que faz em parceria com os filhos com o mesmo nome de seu ambiente na mostra de 1991. Solar com janelas generosas e pé-direito alto, o ambiente tira proveito de suas características originais e aposta no branco tanto como rebatedor da luz natural quanto para trazer frescor, sossego e simplicidade, características tão presentes no morar carioca. O mobiliário e a marcenaria – criações exclusivas de Lia – apostam em materiais naturais que dialogam com o piso em pedras de cantaria e com os belos jardins – tão visíveis pelas janelas que parecem preencher o ambiente.
23. Café, por Lucilla Pessoa de Queiroz e Renata Caiafa Quintanilha
Com ambiente lúdico, o Café foi pensado para provocar sensações. Se o cheirinho da bebida já é um convite para o espaço, o uso inusitado de utensílios típicos do ritual de um bom cafezinho promete surpreender os visitantes. No mobiliário, o ferro e a madeira predominam nas peças criadas pelas arquitetas exclusivamente para o ambiente. Mas há ainda móveis contemporâneos de área externa e criações de Sérgio Rodrigues. Completando o clima, as lindas cerâmicas de Denise Stewart em instalações divertidas.
24. Sala do Piano, por Luiz Fernando Grabowsky
O mobiliário da Sala do Piano faz um passeio por diferentes épocas com um mix do que melhor se produziu no design nacional. Tem uma grande cômoda D. José do século XIX, original da casa e aproveitada pelo arquiteto para reforçar ainda mais o contraste do antigo com o novo em seu espaço; tem móveis contemporâneos como a estante Icon, de Jader Almeida, repaginada para o ambiente; e tem reedições de peças do modernista Jorge Zalszupin. Tudo isso num ambiente dedicado à música, graças ao piano ali residente (desde sempre), e ao estar.
25. Sala de Arte “Contemplação”, por Mario Costa Santos
Um ambiente para desacelerar, inspirado no movimento SlowLiving, que valoriza o tempo e o apreço aos detalhes. O décor é leve, confortável e pensado para despertar sensações. No mobiliário, cadeiras de Sérgio Rodrigues e peças contemporâneas de Jader Almeida contrastam com os detalhes originais da arquitetura eclética da casa. Estrelas da sala, as obras de arte trazem um interessante mix de estilos que vai do barroco das estátuas que pertencem ao acervo da residência à arte popular de Veio, passando pelas fotografias de Miguel Rio Branco e instalações de Hilal Sami Hilal. E ainda há muitos outros grandes nomes expostos. A curadoria é de Heloisa Amaral Peixoto.
26. CASA Bistrô, por Maurício Nóbrega
No espaço antes reservado à garagem da residência, numa área recuada de seu amplo jardim, o restaurante traz um mix de peças de estilos diversos – muitas delas encontradas na própria casa e sem uso há anos – num verdadeiro put together cheio de charme. O uso de plantas como divisórias e a manutenção de revestimentos como os antigos azulejos do espaço trazem ainda mais personalidade ao ambiente. O mobiliário privilegia mesas grandes e espaçosas que possibilitam o distanciamento até mesmo entre pessoas de um mesmo grupo (familiar ou de amigos).
27. Joalheria, por Murad Mohamad e Jéssica Sarrià
Com layout fluido, a loja foge dos padrões de exposição de joias e traz um clima intimista e aconchegante. A paleta de cores, com uma mistura relaxante de tons terrosos, bege e verdes, cria um espaço luminoso em que a suavidade é presença constante. Joias, peças de cerâmica, flores e objetos de casa aparecem em pequenos nichos de exibição recortados em estantes esculturais. Os tons de rosa marroquino e terracota predominam criando um fundo perfeito para a exibição das peças à venda.
28. Quarto do Casal, por Paola Ribeiro
No quarto que por anos abrigou a antiga proprietária da casa, a inspiração é feminina. Todas as obras de arte são de mulheres e o espaço foi pensado como um oásis dentro da ampla residência. Ali, o casal tem um pequeno espaço de trabalho, um quarto sofisticado que tira proveito da vista para os jardins, além de muitas estantes que aproveitam os antigos armários existentes na casa – todos modernizados e revitalizados. O mobiliário contemporâneo – em parte assinado por Paola em parceria com Maria Cândida Machado – contrasta com os ricos detalhes arquitetônicos da casa e ajuda a criar um estilo casual-chic.
29. Quarto da Julia, por Paula Neder e Coletivo PN+
Estudar, descansar, ler, desenhar, brincar, se vestir e deixar a imaginação rolar solta. No mundinho de uma menina de 7 anos cabem muitos espaços e todos aparecem aqui num quarto idealizado como um universo particular lúdico e encantado. Quase sem intervenções nos aspectos arquitetônicos originais da casa, o ambiente ganha materiais naturais e tons neutros, sem abrir mão do conforto e da atmosfera de magia tão necessária a ambientes infantis. A decoração atemporal permite o uso e adaptação do mobiliário ao longo dos anos, reforçando a ideia de consumo consciente.
30. Jardim do Café, por Ricardo Portilho
A diversidade natural carioca, com suas muitas cores e texturas, dá o tom no ambiente em que predomina um lindo bambuzal – revitalizado para a mostra. A vegetação exuberante da casa foi preservada e ganhou a companhia de outras espécies tropicais, também da Mata Atlântica, que trazem ainda mais harmonia ao espaço. Peças de arte como uma escultura de Christina Motta e um banco revestido com azulejos de Noel Marinho completam o jardim.
31. Chá Bar, por Roberta Nicolau
Descontraído e acolhedor, o ambiente montado em meio ao jardim da residência cria o espaço perfeito para aquela merecida pausa após a visitação. Ali, além de tomar um chá (ou qualquer outro drink que o visitante preferir), pode-se descansar, confraternizar ou apenas contemplar a natureza tão exuberante da casa, sempre de maneira segura, já que foram respeitadas todas as regras de distanciamento social. O décor aposta num estilo mais urbano com um delicado desenho a mão livre do designer Rafael Mirre nas paredes, além do uso de tijolo, ferro e um mobiliário que se integra à pavimentação exclusiva do espaço.
32. Hall de Entrada, por Rodrigo Jorge Studio
Porta de entrada para a casa principal, o ambiente traz a sofisticação e o esplendor de seus tempos áureos. O décor é clássico com direito a teto dourado, paredes num tom grafite quase preto, além de peças dos anos 1950 e 1960 e muitas obras de arte de grandes nomes: Picasso, Portinari, Franz Krajcberg. Esculturas de crianças aparecem em diferentes pontos do espaço representando a geração do futuro que poderá visitar o Instituto Brando Barbosa – que será criado no local após a CASACOR Rio. Um ambiente- homenagem aos antigos proprietários e a seu amor pela arte.
33. Jardim da Fachada, por Sandro Ward
Um jardim bem tropical que aproveita muitas plantas nativas da Mata Atlântica que já estavam na extensa área verde da casa, mas traz novidades como filodendros e, também, alguns toques exóticos. Caso da Aloe Vera gigante, trazida da África do Sul, e da Yucca Azul, originária do México, que ajudam a dar um certo ar escultural ao ambiente. No mobiliário, um lançamento: móveis de área externa em fibra sintética e tecido náutico criados pelo arquiteto Mario Santos.
34. Sala íntima do hóspede, por Tatiana Lopes e Tatiana Pessoa Mendes
A sala íntima ganha novos ares em tempos de espaços multifuncionais. É uma saleta de estar que facilmente se adapta para acomodar um hóspede; mas tem também um lugar para o tão necessário home-office e até um cantinho dedicado ao home-fitness: sem grandes recursos, apenas o espaço necessário para uma bicicleta de spinning e um tablet com exibição de aulas online. Tudo isso em meros 20 m2 decorados com muitas cores e a descontração típica do carioca, além de uma marcenaria planejada que aproveita o pé-direito alto.
35. Empório Cooking 2 Go, por Tiago Freire
Com decoração inspirada nas antigas mercearias de bairro, o espaço vende comidinhas e belisquetes criados pelo Cooking Buffet para serem consumidos em qualquer lugar. Pode ser no jardim, como num piquenique, em casa ou até mesmo por ali, na área externa. Localizado na antiga oficina da casa, o ambiente traz as marcas do tempo nas paredes descascadas com tijolinhos aparentes e em peças que já pertenciam ao espaço como o antigo tanque e a azulejaria, que foram restaurados. Mas ganha ares contemporâneos com o mobiliário em marcenaria e serralheria criados pelo arquiteto especialmente para a mostra.
36. Casa UP para Metalmarco, por UP3 – Michelle Wilkinson, Thiago Morsh e Cadé Marino
Camuflada pelo jardim, uma construção contemporânea em estrutura metálica feita exclusivamente para a mostra – de forma rápida, sustentável e sem gerar quase nenhum lixo – ganha protagonismo à medida que o visitante se aproxima. No interior, o estilo escandinavo ganha um toque bem carioca que aparece tanto na integração com o verde do entorno quanto na valorização de elementos naturais. Pedra, argila, madeira e algodão são usados na decoração de espaços abertos, fluidos, versáteis e multifuncionais criando um ambiente que propõe uma reconexão com a natureza, o que é ainda mais reforçado pela paleta em tons terrosos e verde-mata.
37. #Pergolando, por Victor Niskier
A necessidade (sanitária) de criar fluxos separados para a entrada e saída da residência impôs novos desafios para a nossa recepção. A solução foi criar uma arquitetura fluida com dois pergolados que se comunicam visualmente, mas não fisicamente, e criam áreas diversas para quem chega ou se despede. Na entrada, a obrigatoriedade de higienização foi resolvida por uma espécie de fonte – criada a partir de pias de piso da Deca – em um espelho d’água. Já na saída, um estar em meio ao bambuzal serve como um último espaço de contemplação e faz também uma homenagem aos antigos proprietários da casa, expondo parte das cartas de amor trocadas pelo casal.
38. Livraria, por Vivian Reimers
A frondosa árvore ao fundo do ambiente foi a grande inspiração para o projeto que ganhou sob sua sombra um simpático cantinho de leitura. Aqui, a Mata Atlântica do jardim pede passagem e invade o espaço construído em estrutura metálica modular apenas para a mostra. O estilo é contemporâneo com materiais que imitam cimento queimado e mobiliário em linhas retas e simples. Peças originais da casa também foram aproveitadas, com destaque para a enorme mesa de seis metros de comprimento que foi adquirida num convento em Recife e, por anos, recebia os convidados da casa para almoços e jantares memoráveis.
CASACOR RIO 30 anos
Quando: de 2 de março a 25 de abril de 2021
Onde: Rua Lopes Quintas, 497. Jardim Botânico.
Horário: de terça a sábado, das 12 às 22h; domingos e feriados, 10h às 20h
Ingressos e agendamento de visitas: https://casacorrj.byinti.com/
Os ingressos custam R$70 de terça a quinta-feira e R$80 de sexta a domingo e feriados – a meia entrada custa (R$35 e R$40, respectivamente).
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