A grande reinauguração do auditório do Memorial da América Latina
Quer saber como fazer uma grande festa? Fala com a equipe responsável pela reabertura do auditório Simón Bolívar, no Memorial da América Latina em São Paulo.O show Jazz e Divas, em homenagem a Elza Soares contou com as cantoras Paula Lima, Rosana, Baby do Brasil, Sandra de Sá, Vânia Bastos, Liniker e o grupo As Bahias e a Cozinha Mineira acompanhadas pela Jazz Sinfônica. Todos interpretando faixas que ficaram famosas na voz da Elza.
O evento marcou a reinauguração do auditório destruído em um incêndio em novembro de 2013. O espaço de 6.000 m² estava fechado desde então para obras de recuperação, que custaram R$ 41,5 milhões. O auditório multiuso mantém o projeto original do arquiteto Oscar Niemeyer. Está é basicamente uma versão ainda melhor do antigo auditório. As novas poltronas 1.788 lugares (antes eram 1.609) incluem lugares para pessoas com cadeiras de rodas, obesas ou quem for acompanhado de cão-guia. Divididos em plateia A e B, a plateia fica dividida em duas partes com separação acústica possibilitando a ocorrência de dois eventos simultâneos. O sistema de acústica também passou por melhorias e foi recriado para ser similar ao da Sala São Paulo.
A antiga tapeçaria da artista Tomie Ohtake, considerada a maior do mundo, que revestia toda a parede lateral do interior do espaço foi refeita com material não-inflamável, seguindo a risca as cores e formas originais. Além disso, outras duas obras danificadas no incêndio também foram recuperadas: a Pomba, escultura de Alfredo Ceschiatti e o mural Agora, de Victor Arruda. Ambas expostas no foyer.
A reconstrução do auditório do Memorial da América Latina teve como prioridade a acessibilidade, segurança, conforto e visibilidade do ambiente. Durante a festa eu fiquei observando os detalhes. Cada pedacinho ali foi minunciosamente pensado. Havia a conservação de peças de design importantes para a história do auditório, mas com a junção do que há de mais avançado em tecnologia. O resultado foi uma noite linda e de tirar o fôlego.