Chegamos no Allianz Parque e a atmosfera já era diferente. O estádio estava lotado de casais que assim como eu e o Henrique tinham o John Mayer na trilha sonora. Era a primeira vez que íamos ouvi-lo pessoalmente (18/10) e eu estava mais ansiosa que o normal. A música dele já tinha sido a minha voz por tantas vezes, que me emocionava saber que finalmente iria ouvi-lo ao vivo.
Sem muitas distrações ou atrasos o John apareceu no palco logo depois das 21h. Camisa lisa preta – diferente do estilo florido que ele adotou nos últimos anos – e calça jeans, guitarra na mão e, logo, começou a soar os primeiros acordes da noite com “Helpless” seguido de “Moving On and Getting Over”. Ambas do seu álbum mais recente “The Search for Everything”, que tem uma das minhas favoritas “Love On the Weekend”. É delicioso pegar a estrada ao som dessa música!
Dois dias antes do show ele completará 40 anos (16/10). Os fãs estavam preparados e depois da abertura puxaram um “parabéns para você”. Ele estava divertido, solto, mas também reflexivo. Acho que os 40 anos mexeu com ele e o discurso que veio com isso mexeu conosco também: “Tome cuidado com a espera para que muita coisa acabe, nunca deseje menos tempo, esperar que algo acabe é apenas desejar menos tempo”.
Depois de duas horas ininterruptas de show, quatro blocos principais e se despedir do público, ele voltou para cantar “Waiting On the World to Chance”. O encerramento veio com a interpretação acústica de “Gravity”, apenas o John Mayer e sua guitarra, o que veio depois me emocionou. Acompanhado o refrão “Just keep me where the light”, o estádio inteiro se acendeu, da plateia a pista, pessoas acendiam as lanternas dos celulares e cantavam em alto e bom som. Todas as luzes do palco se apagaram. O John sumiu, ficou apenas sua voz e as luzes. De repente senti como se estivesse dentro de um filme. Assim se encerrou um dos shows mais inesquecíveis das nossas vidas.